O Brasil está em segundo lugar do ranking de energia mais cara no mundo.
Nos últimos anos, sofremos reajustes expressivos (e excessivos) nos valores das tarifas e bandeiras tarifárias, mesmo com a redução do ICMS o custo da energia elétrica tem puxado o preços dos produtos para cima. Infelizmente, dos valores pagos pelos consumidores, somente 53,5% destinados à geração, transmissão e distribuição de energia. 46,5% são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências, ou seja, nada está sendo direcionado pelo governo para que o desenvolvimento da matriz energética seja mais eficiente, e consequentemente tenhamos um custo de energia menor.
Como isso impacta no preço dos produtos que consumimos?
A eletricidade é uma dos principais insumos utilizados nas cadeias produtivas.
A energia é utilizada, por exemplo, nos frigoríficos para manter a carne fresca, nas panificadoras para assar o pão, para conservar o leite, no agronegócio para irrigação das lavouras e em todo maquinário que realiza o manuseio e embalagem dos produtos nas indústrias.
Os constantes reajustes fazem com que o produto final fique mais caro para o consumidor.
Um exemplo: O custo da energia elétrica representa um terço do preço do leite e da carne (33,3%).
É bastante coisa, não é? Isso sem falar em outros produtos como vestuário, vidros, automóveis, eletrônicos…
Existe um caminho para solucionar esse problema?
Segundo o presidente da ABCEU (Associação Brasileira de Consumidores e Utilidades), investir em autonomia energética passando a depender menos do sistema interligado nacional é o melhor caminho. Gerar uma fração da energia utilizada, reduzindo a necessidade das distribuidoras e o estresse do sistema interligado, que poderá acionar menos a ligação de termelétricas e diminuir a necessidade de construção de novas hidrelétricas ou usinas nucleares.
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